Um suspiro de Alívio

Fui viajar pra o interior com o objetivo de rever parentes e amigos, e também estava de férias, era mais um pretexto pra visitar aquela cidadezinha pacata que tanto amava. Peguei um táxi e segui viagem, dentro do carro íamos eu, o motorista, um rapaz que tudo que fez durante o nosso trajeto foi dormir, e mais quatro senhoras, na qual uma destas falava tanto de sua própria honestidade que chegava a ser desonesto o seu discurso,mas enfim depois de quase uma hora de peleja ouvindo a mulher falar de como ela era boa, chegamos ao destino, tive a certeza que tínhamos chegado ao destino quando o motorista baixou o vidro e escultei a música de forró tocando nas alturas, ali foi a certeza que estava no lugar certo. Cheguei na casa de minha tia, me acomodei, e percebi que eram quase 6 da tarde, então tomei banho e sai para casa de uma amiga. Andava tranquila até que avistei o cemitério e lembrei que tinha que passar por lá, e o pior é que hoje estava sozinha, das outras vezes meu irmão ao menos tava comigo e amenizava meu medo. Parei na esquina,fiquei encarando a rua e pedindo coragem a Deus pra passar, foi nesse instante que vi uma pessoa sentada perto do portão, como não estava com meus óculos não consegui ver se era homem ou mulher, mas isso só me deixou mais assombrada. Tinha que passar, era o único jeito de chegar na minha amiga, então fiz o sinal da cruz umas três vezes, rezei o 'pai nosso', e pensei comigo "corra!", corri com tudo, e quando cheguei em frente ao portão a menina que estava sentada lá deu um pulo na minha direção e disse "vai pra onde?" Nesse momento meu coração quase sai pela boca, minhas pernas se tremiam que até fiquei meio desequilibrada, e os olhos se arregalaram que parecia uma criança quando recebe o grito dos pais porque fez algo errado, de um suspiro, olhei pra o lado e vi que quem quase me matara de um susto tinha sido minha amiga, e aquilo me deu um alivio enorme e o que nos restou foi rir do quão engraçado havia sido aquela situação.